Até 2020, cerca de 50 bilhões de dispositivos estarão conectados à
chamada "internet das coisas" – conexão de objetos usados no dia a dia à
rede mundial de computadores e entre si, como eletrodomésticos,
smartphones, televisões e computadores. Segundo estudos, o setor
movimentará algo em torno de US$ 19 trilhões. Para a administração
pública, em especial para as prefeituras, o grande desafio será fazer os
investimentos necessários para transformar a nova tecnologia em
instrumento de políticas públicas.
Segundo o analista de
Infraestrutura e chefe do Núcleo de Internet das Coisas do Ministério
das Comunicações, Guilherme Corrêa, as empresas interessadas em prestar
serviços nessa área às prefeituras precisam mostrar que as aquisições
podem representar economia e redução de gastos para os municípios. “A
internet das coisas inevitavelmente será usada para auxiliar a
administração pública a ampliar e melhorar suas políticas públicas. Isso
ficará mais claro até o final do ano, quando lançaremos as diretrizes
do Plano Nacional M2M [termo que se refere à comunicação entre
máquinas]”, disse Corrêa à Agência Brasil, após participar de um painel no seminário Huawei Innovation Day, em Brasília.
O
analista citou estudos prevendo que, até 2020, haverá no mundo cerca de
50 bilhões de dispositivos conectados à internet das coisas, e que isso
acarretará na necessidade de investimentos em larga escala para a
prestação de serviços por meio dessa tecnologia. "Para os municípios
brasileiros, isso poderá acarretar em dificuldades, caso não resolvam os
problemas de falta de recursos", afirmou.
Ao se dirigir a
representantes do setor privado, Corrêa sugeriu que, ao oferecer seus
produtos, as empresas precisam deixar claro que as propostas representam
“economia e redução de gastos”. “A solução será, por exemplo, mostrar
[às prefeituras] que a economia com iluminação pública ou transporte
público será maior do que o custo para a implantação da internet das
coisas nos postes ou no sistema de transportes”.
Essa estratégia
pode também ser adotada no âmbito do governo federal, que planeja
acionar órgãos e ministérios com potencial de uso da tecnologia para a
oferta de políticas públicas. Com esse propósito, o Ministério das
Comunicações tem mantido diálogo constante com as pastas de Agricultura;
Cidades; Minas e Energia; e Educação. “Se embarcarmos juntos, criaremos
demanda e escala. Com isso reduziremos preços”.
O governo poderá
usar também sua capacidade de mobilização para fazer a tecnologia
avançar a um custo mais barato por meio da economia de escala, com a
ajuda de outros setores. “Uma alternativa será o uso de recursos
não-financeiros, por meio do poder de mobilização do Estado junto a
diversos setores, também com o propósito de criar demanda e escala”.
Ainda
está dentro das estratégias do governo e das diretrizes do Plano
Nacional M2M – para tornar mais barata a prestação de serviços e de
políticas públicas por meio da internet das coisas - viabilizar
investimentos em pesquisa e desenvolvimento, capacitação e estudos de
padrões de segurança e interoperabilidade dessa tecnologia.
Fonte:Agência Brasil
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